Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



25 de novembro de 2010

Os fósseis de plantas terrestres mais antigos descobertos na Argentina


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Hepáticas modernas são
provavelmente
um ancestral comum de todas
as plantas terrestres

A descoberta sugere que a colonização da terra pelas plantas diz respeito à diversidade de plantas terrestres que evoluíram há 472 milhões anos atrás.
Segundo os cientistas da revista "New Phytologist", as plantas recém-descobertas são hepáticas, indivíduos muito simples que não possuíam caules, nem raízes. Isso confirma que as hepáticas são provavelmente os ancestrais de todas as plantas terrestres.
O aparecimento de plantas que vivem na terra está entre as descobertas mais importantes da história evolutiva da Terra.

22 de novembro de 2010

Da planta ao medicamento

No século I d.C., o médico e botânico grego Dioscórides escreveu uma obra que abrangia todos os remédios que a natureza oferece, com particular insistência nas plantas medicinais (descrevem-se cerca de 600). Os seus discípulos foram-na ampliando depois, até atingir seis volumes. Esta extraordinária obra, conhecida como Matéria Médica de Dioscórides, foi o livro de texto básico para todos os médicos ocidentais durante mais de 1700 anos. Servia como receituário, no qual se consultavam as plantas e remédios úteis para cada doença.
Com o progresso da química e o surgimento da farmacologia, a partir do século XVIII, os médicos foram sibstituindo a pouco e pouco as suas receitas à base de plantas, baseadas em Dioscórides, por prescrições à base de produtos químicos extraídos de plantas.

19 de novembro de 2010

Uma pioneira da moderna fitoterapia

Nos últimos anos do século XIX e nos primeiros do século XX, os médicos ainda receitavam medicamentos à base de substâncias químicas muito energéticas, algumas então recém-descobertas, que hoje são consideradas venenosas: o calomelano ou cloreto mercuroso (de acção fortemente purgante), o tartarato  de antimónio (vomitivo), a estricnina (excitante tóxico) ou os sais de arsénico (contra a sífilis e outra infecções).
Os progressos da incipiente indústria química e farmacêutica, tanto na Europa como no EUA, tinham desencadeado um grande entusiasmo social. A contínua descoberta de novos medicamentos cada vez mais potentes, ainda que não menos tóxicos, parecia prometer um futuro próximo em que iria existir um fármaco específico para curar qualquer doença.

17 de novembro de 2010

Como se descobriram as plantas










Os antigos acreditaram ser possível intuir as propriedades das plantas a partir das suas características. Esta ideia transformou-se já no tempo de Hipócrates (séc. V a.C.) na chamada "teoria dos sinais". O próprio Dioscórides foi um dos seus fervorosos defensores. Também Paracelso, ilustre médico e naturalista suíço do século XVI, dizia assim: "Todo o vegetal está assinalado pela natureza; e é bom para aquilo que nos é indicado pelo seu sinal".

O uso das plantas no passado

A história da utilização das plantas pelo Homem é também a história da medicina, pois as plantas foram o nosso primeiro medicamento.
Referências mais específicas no que diz respeito aos remédios usados podem ser encontradas na história Egípcia e  Chinesa. Um papiro egípcio de 1600 A.C. descreve muitas plantas, animais e remédios inorgânicos. Muitos destes foram provavelmente descobertos empiricamente e alguns como os Coentros, o Funcho, o Sene e o Absinto são usados ainda hoje. Existe uma clara evidência de Ópio produzido a partir da papoila cultivada no Vale Mesopotâmio,  provavelmente a primeira experiência do Homem  na área da preparação de medicamentos.

15 de novembro de 2010

Os nomes das plantas

Desde a Grécia antiga que vários botânicos e investigadores idealizam sistemas para dar nomes às plantas. Para fazer frente a essa diversidade, o grande naturalista e botânico sueco Carl von Linné introduziu em 1753 um método de nomenclatura e classificação de plantas que obteve aceitação universal. Denomina-se sistema binomial, pois atribui a cada espécie um par de nomes: o primeiro corresponde ao género e o segundo à espécie em si, uma vez que os seres vegetais podem ser organizados em categorias (taxa) pela seguinte ordem decrescente: reino, divisão, classe, ordem, família, género e espécie. Para fazer a nomenclatura, utilizou-se o latim, por ser considerada uma língua morta. O primeiro nome deve ser indicado por letra maiúscula e o segundo restritivo específico (espécie propriamente dita) é escrito em minúsculas. O nome da espécie (junção dos dois nomes) deve vir em itálico ou sublinhado, quando manuscrito. Depois da nomenclatura binomial pode vir o nome do autor da classificação seguido de vírgula e o ano de classificação.

Exº:     Nome comum - Papoila
           Nomenclatura - Papaver rhoeas L.

Adaptado de: ROGER, Jorge D. Pamplona, (1996), "A Saúde pelas Plantas Medicinais" - Enciclopédia de Educação e Saúde, Vol. 1, Editoral Safeliz

As plantas na Natureza

 Se nunca tivesse havido plantas, na Terra viveriam provavelmente apenas bactérias primitivas e não existiria quase nada da natureza que conhecemos, nem tão pouco o Homem. Os primeiros organismos simples dos quais descendem as plantas actuais apareceram nas águas do nosso planeta há já 3000 milhões de anos. Inicialmente, eram constituídos por uma única célula semelhante à das actuais bactérias (seres unicelulares), já capazes, porém, através do processo de fotossíntese, de criar o seu próprio alimento (seres autotróficos) e de libertar oxigénio, servindo como exemplo as cianobactérias. Com o tempo, os vegetais tornaram-se gradualmente mais complexos e, graças a eles, a atmosfera enriqueceu-se de oxigénio, tranfornando-se num ambiente favorável à existência de organismos constituídos por células semelhantes às actuais. Há cerca de 400 milhões de anos, os vegetais (algas clorófitas multicelulares), que até então tinham vivido em meio aquático, começaram a colonizar as terras emersas. Assim, os continentes cobriram-se de um manto verde que, além de proteger o solo da erosão, oferecia refúgio e alimento aos primeiros animais terrestres. Também os humanos utilizam desde tempos remotos as plantas. As aplicações das plantas vão desde alimentos, materiais para o nosso vestuário, madeira para os mais diversos fins, fragrâncias que darão origem aos perfumes e fins medicinais. A importância das plantas é, portanto, incalculável. Mas o seu mundo é também um mundo interessante e cheio de surpresas: se a sua vida nos parece frequentemente monótona, é só porque não aprendemos ainda a conhecê-la.
O objectivo do nosso projecto é fundamentalmente proporcionar o conhecimento do que as plantas nos podem oferecer, através dos seus poderes.

Adaptado de: MORO, Maria Antonieta del, (2001), "As plantas"- Enciclopédia Pedagógica Universal - Vol.10, ASA Editores