Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



24 de março de 2011

Drogas psicoactivas - Os neurotransmissores

Para que uma substância seja psicoactiva, ele deve atravessar a barreira hematoencefálica de modo a afectar a função neuroquímica. As drogas psicoactivas são administradas de diferentes maneiras. Na medicina, a maioria das drogas psicoativas, como a fluoxetina, a quetiapina e o lorazepam, são ingeridas sob forma de comprimidos ou cápsulas. Contudo, alguns psicoactivos farmacêuticos são administrados via inalação, injecções intramusculares ou intravenosas, ou ainda pelo ânus em supositórios e enemas. As drogas usadas recreaccionalmente são muitas vezes administradas sob formas incomuns ao uso medicinal. Algumas delas, como o álcool e a cafeína são ingeridas sob a forma de bebida; nicotina e THC são fumados; o peiote e os cogumelos psicodélicos são ingeridos naturalmente ou desidratados; e algumas drogas cristalinas, como a cocaína e as metanfetaminas são inaladas. A eficiência de cada método de administração varia de acordo com a droga.

Efeitos



Dependendo do mecanismo de acção, uma substância psicoactiva pode bloquear os receptores nas dendrites do neurónio pós-sináptico, bloquear a recepção ou afectar a síntese de neurotransmissores no axónio do neurónio pré-sináptico
As drogas psicoactivas actuam afectando temporariamente a neuroquímica do indivíduo, o que leva a mudanças de humor, cognição, percepção e comportamento. Há muitas maneiras pelas quais as drogas psicoactivas podem afectar o cérebro. Cada droga tem uma acção específica num ou mais neurotransmissores ou neurorreceptores cerebrais.
As drogas que aumentam a actividade em certos sistemas neurotransmissores são chamadas agonistas, aumentando a síntese de um ou mais neurotransmissores ou reduzindo sua recaptação nas sinapses. As drogas que reduzem a actividade neurotransmissora são chamadas de antagonistas, e interferem na síntese ou bloqueiam os receptores pós-sinápticos de modo que os neurotransmissores não se liguem a eles.
A exposição a substâncias psicoactivas podem causar mudanças na estrutura e no funcionamento dos neurónios, enquanto o sistema nervoso tenta restabelecer a homeostasia, alterada pela presença da droga. A exposição a antagonistas para um determinado neurotransmissor aumenta o número de receptores para ele, e os receptores ficam mais sensíveis. Isso é chamado de sensibilização. Ao contrário, o sobrestímulo dos receptores por um determinado neurotransmissor causa uma diminuição em número e sensibilidade desses receptores, um processo chamado de dessensibilização ou tolerância. Sensibilização e dessensibilização são mais prováveis de ocorrer em exposições prolongadas, embora possam acontecer após uma só exposição. Acredita-se que esses processos subjazem ao vício.
Dependência

As drogas psicoactivas são frequentemente associadas ao vício. Os efeitos da droga podem ser divididos em dois tipos: dependência psicológica, na qual o utilizador se sente forçado a usar a droga apesar das consequências físicas ou sociais, e dependência física, em que o usuário tem de usar a droga para evitar as consequências da síndrome de abstinência. Nem todas as drogas provocam dependência física, mas qualquer actividade que estimula o sistema de recompensa dopaminérgico do cérebro — normalmente qualquer actividade relaxante pode levar à dependência psicológica. As drogas que mais frequentemente causam dependência são as que estimulam directamente o sistema dopaminérgico, como a cocaína e as anfetaminas. As drogas que agem indirectamente nesse sistema, como os psicodélicos, necessariamente não causam dependência.

 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Droga_psicoativa