Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011!!

É com enorme alegria que nós, o grupo "O Poder das Plantas", desejamos a todos os nossos visitantes e amigos um FELIZ ANO 2011, com muita felicidade, saúde e paz.
Não se esqueçam das uvas passas à meia-noite, pois queremos ainda que todos os vossos desejos se realizem. 
Estes são os nossos votos para 2011,


 Ana Rita, Liliana, Tânia e Vanessa

28 de dezembro de 2010

SOBREIRO, a árvore nacional de Portugal


A ideia de Portugal ter uma árvore nacional já ganhou raízes. Duas organizações lançaram um movimento para que o sobreiro receba este estatuto simbólico, a fim de travar a perda dos montados.
O Canadá tem o plátano, a Inglaterra o carvalho e Portugal poderá vir a ter o sobreiro.
“Ao contrário do que se possa pensar, esta árvore está presente em todo o território nacional, não apenas no Alentejo. E não nos podemos esquecer da sua importância vital aos níveis social, cultural e económico”, justificou ao PÚBLICO Miguel Rodrigues, da Árvores de Portugal que, com a Transumância e Natureza (ATN), é responsável por esta iniciativa.

20 de dezembro de 2010

Espécies selvagens de leguminosas poderão salvar o mundo



"Face à ameaça das alterações climáticas à segurança alimentar mundial,  (...) foi lançada uma expedição que vai resgatar as espécies selvagens da família do trigo, arroz, feijão, batatas e outras espécies essenciais.
O projecto, coordenado pelo Global Crop Diversity Trust e em colaboração com institutos de investigação de vários países, vai recolher, catalogar, utilizar e armazenar sementes de todo o planeta, de forma sistemática. O objectivo é ajudar a proteger as reservas alimentares mundiais, num cenário de iminente ruptura (...)"

15 de dezembro de 2010

O abuso dos antibióticos...

"Somos um dos países que mais consome antibióticos e o resultado é o crescente número de infecções por bactérias resistentes. Os casos já não estão só circunscritos a hospitais". [...] 
"A propagação de bactérias resistentes a vários tipos de antibióticos já é um problema de saúde pública global e é preciso adoptar medidas urgentes de controlo, sob risco de não existir tratamento." [...] 

Divulgação dos resultados do inquérito sobre a utilização das plantas

Durante o 1º Período lectivo, o nosso grupo decidiu inquirir a comunidade escolar e não escolar sobre a utilização das plantas no quotidiano.
A população inquirida é composta por alunos do 7º ao 12º ano de escolaridade da Escola Secundária de Albergaria-a-Velha, professores, funcionários, pais e avós dos alunos.
Foram entregues 62 questionários, a média de idades é de 20 anos e 46% dos inquiridos do sexo masculino e 54% do sexo feminino.
Veja as nossas conclusões.

3 de dezembro de 2010

Plantas Venenosas e Perigosas para Gatos

São centenas as plantas venenosas que se deve eviatar de ter em casa, se existem animais, especialmente gatos. Em caso de intoxicação, os sintomas podem incluir dores abdominais, vómitos, diarreia, tremores musculares, falta de coordenação e febre.
Se suspeitar de envenenamento, contacte o veterinário ou alguma organização que tenha uma linha de emergência.
Nesta página, citamos apenas alguns exemplos de plantas, acompanhados por uma foto, para uma melhor visualização.

Medicina faz mal à saúde

 Médico Vernon Coleman diz que os hospitais mais matam do que curam e que é preciso ser muito saudável para sobreviver a um deles.
Dr. Vernon Coleman é clinico geral e abandonou a carreira para escrever livros.
Um selo colado na testa advertindo sobre os perigos que podem causar à saúde. Se dependesse do inglês Vernon Coleman, esse seria o uniforme ideal dos médicos. Dono de um diploma em medicina e um doutorado em ciências, Coleman abandonou a carreira após dez anos de trabalho para ganhar a vida escrevendo livros com títulos sugestivos do tipo Como Impedir o seu Médico de o Matar.
Autor de 95 livros, o inglês é um auto-intitulado defensor dos direitos dos pacientes. Nos seus textos, publicados nos principais jornais do Reino Unido, costuma atacar a indústria farmacêutica – para ele, a grande financiadora da decadência – e, principalmente, os médicos que recusam tratamentos que excluam a utilização de remédios e cirurgias. Dono de opiniões polémicas, Coleman ainda afirma que 90% das doenças poderiam ser curadas sem a ajuda de qualquer droga e que quanto mais a tecnologia se desenvolve, pior fica a qualidade dos diagnósticos.

Uso simultâneo de remédios convencionais e fitoterápicos traz riscos à saúde

A sabedoria popular oferece receita milagrosa para tudo. Para cada caso - dor de cabeça, inflamação na garganta, prisão de ventre -, um chá é recomendado. Eles parecem inofensivos, mas os especialistas alertam: é preciso tomar cuidado com essas fórmulas. As plantas medicinais possuem princípios ativos que podem ser prejudiciais à saúde quando combinados com certos remédios. Em casos extremos, podem levar pacientes à morte. As reações dependem de que parte da planta é utilizada na receita, da temperatura e da concentração do chá, dos componentes do medicamento e do estágio da doença. Para evitar sustos, os pacientes devem informar o consumo das soluções caseiras ao médico desde a primeira consulta.

Homem já usava plantas medicinais para combater verminose há oito mil anos

Pesquisa do Departamento de Paleoparasitologia da ENSP/Fiocruz encontrou vestígios de plantas que têm efeito anti-helmíntico.

A pesquisadora Isabel Teixeira-Santos, do Departamento de Paleoparasitologia da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Brasil), concluiu que o Homem já usava plantas medicinais para combater verminoses, há mais de oito mil anos, depois de analisar amostras encontradas no Piauí e no Arizona (EUA). "Nós tentámos traçar o perfil paleoepidemiológico de grupos humanos pré-históricos. O ambiente era muito diferente. Esforçámo-nos por entender que meios tinham para combater as doenças. Isso é importante para entender a evolução humana", afirma a bióloga, que analisou o tema na sua tese de mestrado.
As amostras de fezes fossilizadas são de períodos diferentes: as do Arizona têm até 4 mil anos e as do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, 8,5 mil anos.
Isabel encontrou pólen e grânulo de amido de plantas da família das quenopodiáceas e das malváceas, que têm a propriedade de combater verminoses. "Esses grânulos são encontrados na raiz das plantas. O pólen está nas flores. Isso demonstra que eles comiam as partes da planta que fazem efeito", explica a bióloga.
"Não posso dizer que faziam isso de forma intencional, porque não há registros. Mas é provável que sim. Eles sentiam os sintomas e procuravam algum tipo de tratamento", afirma.
Com relação ao material achado no Piauí também foram encontradas vestígios de polipodiáceas, família a que pertencem as samambaias. "Eles comiam as folhas. Alguns autores descrevem que essa folha provoca vómito e auxilia na remoção de helmintos (vermes)", diz Isabel.
A cientista brasileira identificou, ainda, a alimentação desses povos. No Arizona, a dieta era predominantemente milho e yuka, uma espécie de inhame. "Eram grupos que já tinham agricultura", afirma. Segundo ela, no Piauí, havia até pinhão na base da alimentação.

Fonte: http://www.isaude.net

25 de novembro de 2010

Os fósseis de plantas terrestres mais antigos descobertos na Argentina


Ver imagem em tamanho real
Hepáticas modernas são
provavelmente
um ancestral comum de todas
as plantas terrestres

A descoberta sugere que a colonização da terra pelas plantas diz respeito à diversidade de plantas terrestres que evoluíram há 472 milhões anos atrás.
Segundo os cientistas da revista "New Phytologist", as plantas recém-descobertas são hepáticas, indivíduos muito simples que não possuíam caules, nem raízes. Isso confirma que as hepáticas são provavelmente os ancestrais de todas as plantas terrestres.
O aparecimento de plantas que vivem na terra está entre as descobertas mais importantes da história evolutiva da Terra.

22 de novembro de 2010

Da planta ao medicamento

No século I d.C., o médico e botânico grego Dioscórides escreveu uma obra que abrangia todos os remédios que a natureza oferece, com particular insistência nas plantas medicinais (descrevem-se cerca de 600). Os seus discípulos foram-na ampliando depois, até atingir seis volumes. Esta extraordinária obra, conhecida como Matéria Médica de Dioscórides, foi o livro de texto básico para todos os médicos ocidentais durante mais de 1700 anos. Servia como receituário, no qual se consultavam as plantas e remédios úteis para cada doença.
Com o progresso da química e o surgimento da farmacologia, a partir do século XVIII, os médicos foram sibstituindo a pouco e pouco as suas receitas à base de plantas, baseadas em Dioscórides, por prescrições à base de produtos químicos extraídos de plantas.

19 de novembro de 2010

Uma pioneira da moderna fitoterapia

Nos últimos anos do século XIX e nos primeiros do século XX, os médicos ainda receitavam medicamentos à base de substâncias químicas muito energéticas, algumas então recém-descobertas, que hoje são consideradas venenosas: o calomelano ou cloreto mercuroso (de acção fortemente purgante), o tartarato  de antimónio (vomitivo), a estricnina (excitante tóxico) ou os sais de arsénico (contra a sífilis e outra infecções).
Os progressos da incipiente indústria química e farmacêutica, tanto na Europa como no EUA, tinham desencadeado um grande entusiasmo social. A contínua descoberta de novos medicamentos cada vez mais potentes, ainda que não menos tóxicos, parecia prometer um futuro próximo em que iria existir um fármaco específico para curar qualquer doença.

17 de novembro de 2010

Como se descobriram as plantas










Os antigos acreditaram ser possível intuir as propriedades das plantas a partir das suas características. Esta ideia transformou-se já no tempo de Hipócrates (séc. V a.C.) na chamada "teoria dos sinais". O próprio Dioscórides foi um dos seus fervorosos defensores. Também Paracelso, ilustre médico e naturalista suíço do século XVI, dizia assim: "Todo o vegetal está assinalado pela natureza; e é bom para aquilo que nos é indicado pelo seu sinal".

O uso das plantas no passado

A história da utilização das plantas pelo Homem é também a história da medicina, pois as plantas foram o nosso primeiro medicamento.
Referências mais específicas no que diz respeito aos remédios usados podem ser encontradas na história Egípcia e  Chinesa. Um papiro egípcio de 1600 A.C. descreve muitas plantas, animais e remédios inorgânicos. Muitos destes foram provavelmente descobertos empiricamente e alguns como os Coentros, o Funcho, o Sene e o Absinto são usados ainda hoje. Existe uma clara evidência de Ópio produzido a partir da papoila cultivada no Vale Mesopotâmio,  provavelmente a primeira experiência do Homem  na área da preparação de medicamentos.

15 de novembro de 2010

Os nomes das plantas

Desde a Grécia antiga que vários botânicos e investigadores idealizam sistemas para dar nomes às plantas. Para fazer frente a essa diversidade, o grande naturalista e botânico sueco Carl von Linné introduziu em 1753 um método de nomenclatura e classificação de plantas que obteve aceitação universal. Denomina-se sistema binomial, pois atribui a cada espécie um par de nomes: o primeiro corresponde ao género e o segundo à espécie em si, uma vez que os seres vegetais podem ser organizados em categorias (taxa) pela seguinte ordem decrescente: reino, divisão, classe, ordem, família, género e espécie. Para fazer a nomenclatura, utilizou-se o latim, por ser considerada uma língua morta. O primeiro nome deve ser indicado por letra maiúscula e o segundo restritivo específico (espécie propriamente dita) é escrito em minúsculas. O nome da espécie (junção dos dois nomes) deve vir em itálico ou sublinhado, quando manuscrito. Depois da nomenclatura binomial pode vir o nome do autor da classificação seguido de vírgula e o ano de classificação.

Exº:     Nome comum - Papoila
           Nomenclatura - Papaver rhoeas L.

Adaptado de: ROGER, Jorge D. Pamplona, (1996), "A Saúde pelas Plantas Medicinais" - Enciclopédia de Educação e Saúde, Vol. 1, Editoral Safeliz

As plantas na Natureza

 Se nunca tivesse havido plantas, na Terra viveriam provavelmente apenas bactérias primitivas e não existiria quase nada da natureza que conhecemos, nem tão pouco o Homem. Os primeiros organismos simples dos quais descendem as plantas actuais apareceram nas águas do nosso planeta há já 3000 milhões de anos. Inicialmente, eram constituídos por uma única célula semelhante à das actuais bactérias (seres unicelulares), já capazes, porém, através do processo de fotossíntese, de criar o seu próprio alimento (seres autotróficos) e de libertar oxigénio, servindo como exemplo as cianobactérias. Com o tempo, os vegetais tornaram-se gradualmente mais complexos e, graças a eles, a atmosfera enriqueceu-se de oxigénio, tranfornando-se num ambiente favorável à existência de organismos constituídos por células semelhantes às actuais. Há cerca de 400 milhões de anos, os vegetais (algas clorófitas multicelulares), que até então tinham vivido em meio aquático, começaram a colonizar as terras emersas. Assim, os continentes cobriram-se de um manto verde que, além de proteger o solo da erosão, oferecia refúgio e alimento aos primeiros animais terrestres. Também os humanos utilizam desde tempos remotos as plantas. As aplicações das plantas vão desde alimentos, materiais para o nosso vestuário, madeira para os mais diversos fins, fragrâncias que darão origem aos perfumes e fins medicinais. A importância das plantas é, portanto, incalculável. Mas o seu mundo é também um mundo interessante e cheio de surpresas: se a sua vida nos parece frequentemente monótona, é só porque não aprendemos ainda a conhecê-la.
O objectivo do nosso projecto é fundamentalmente proporcionar o conhecimento do que as plantas nos podem oferecer, através dos seus poderes.

Adaptado de: MORO, Maria Antonieta del, (2001), "As plantas"- Enciclopédia Pedagógica Universal - Vol.10, ASA Editores