Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



28 de março de 2011

Efeito da cafeína ao nível dos neurotransmissores

A cafeína, cientificamente chamada trimetilxantina, quando isolada na forma pura é um pó cristalino, branco e de sabor amargo. É usada em medicina como estimulante cardíaco e também como diurético leve, no entanto, a maioria das pessoas consome cafeína pelo efeito energético que esta lhe transmite, bem como pela redução da necessidade de sono. Existe naturalmente em muitas plantas, como os grãos de café, folhas da chá e sementes da cacau, sendo também encontrada numa vasta gama de produtos alimentares e adicionada artificialmente a muitos outros.



 A cafeína é uma droga que causa dependência, dado que a sua acção estimulante do cérebro é dada por mecanismos semelhantes aos das anfetaminas, cocaína e heroína, se bem que com consequências bem mais leves do que as causadas pelas outras substâncias referidas.
A cafeína bloqueia a acção natural da adenosina (substância química natural que quando se liga a receptores cerebrais diminui a actividade das células nervosas causando sonolência, e que promove também a vasodilatação, para melhor oxigenação dos tecidos durante o sono). Quando presente no nosso organismo, a cafeína liga-se às células nervosas em vez da adenosina, promovendo um aumento da actividade destas células e a vasoconstrição, como consequência da inibição da adenosina (daí que alguns medicamentos para cefaleias contenham esta substância). Isto leva à excitação dos neurónios e consequentemente à libertação de hormonas por parte da hipófise e de adrenalina por parte das glândulas supra-renais, cujos efeitos são:
•    Aumento dos BPM (Batimentos por minuto);
•    Dilatação das pupilas;
•    Dilatação dos tubos respiratórios;
•    Aumento da pressão sanguínea;
•    Diminuição do fluxo sanguíneo para o estômago;
•    Libertação de glícidos na corrente sanguínea;

•    Endurecimento muscular.
A cafeína também aumenta os níveis de dopamina, activando os centros de prazer em certas partes do cérebro, sendo mesmo possível que seja este factor o responsável pela dependência a esta substância.
O maior problema relacionado com o consumo de cafeína está relacionado com a afectação do sono a longo prazo. A recepção de adenosina é importante para o sono, especialmente para o sono profundo. O consumo excessivo e prolongado desta substância irá provocar uma diminuição crónica dos receptores que se ligam à dopamina, impedindo a realização de um sono profundo e aumentando ainda mais a dependência da cafeína para que o sujeito consiga obter energia. 

Curiosidades:

•    Uma chávena de café de 180ml pode conter 100g de cafeína;

•    Uma chávena de chá de 180ml pode conter 70mg da cafeína;
•    Bebidas como a Coca-Cola ou Pepsi contêm cerca de 50mg de cafeína em 355ml;

•    30g de chocolate de leite contêm cerca de 6mg da cafeína;
•    Existem pessoas que consomem diariamente 1g ou mais de cafeína.


Fonte:http://areaprojecto12.blogs.sapo.pt/