Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



25 de janeiro de 2011

Várias espécies de árvores correm o risco de se extinguir


Cientistas israelitas publicaram recentemente na revista Ecology Letters um estudo que analisa as consequências das Alterações Climáticas para as florestas da América do Norte e da Eurásia.







Cientistas israelitas recorreram a um processo de  modelação e concluíram que a taxa de expansão das espécies que dependem do vento para dispersar as suas sementes irá aumentar, mas não de forma suficientemente rápida para acompanhar as Alterações Climáticas.
Nas regiões das florestas da América do Norte e da Eurásia, várias espécies de árvores nativas dependem do vento para a dispersão das suas sementes, sendo importante determinar o impacto das alterações climáticas futuras, que envolverão, em algumas zonas, a diminuição da velocidade do vento.
Recorrendo à modelação os cientistas calcularam o saldo destes efeitos da alteração das velocidades do vento e de outro fenómeno associado às Alterações Climáticas – o aumento da produção de sementes causado pelo aumento das concentrações atmosférica de CO2.
Os resultados indicam que, aparentemente as alterações da velocidade do vento terão impactos negligenciáveis na taxa de expansão das espécies de árvores que, para isso dependem do vento.
Pelo contrário, os efeitos do aumento da concentração de carbono são significativos, com a maior produção de sementes e a sua maturação mais rápida a provocar um aumento da taxa de expansão das espécies de árvores já referidas.
No entanto, os cientistas advertem que o aumento da rapidez da expansão das áreas de ocorrência das árvores em causa não será suficiente para acompanhar as alterações da temperatura.
Deste modo, para evitar a extinção de espécies de árvores que dependem do vento, como é o caso de pinheiros ou bordos, será imprescindível, ao longo dos próximos 50 anos, a intervenção humana.
Segundo Ran Nathan, director do Instituto de Ciências da Vida Alexander Silberman, Universidade Hebraica de Jerusalém, a que pertencem os autores do artigo agora publicado “A acção humana será necessária para (...) assegurar que aquelas árvores que são muito importantes para processos ecológicos globais não se extingam”.
E o investigador acrescenta “Estas florestas são importantes para o Homem de várias maneiras, nomeadamente para fornecer  madeira, assegurar a qualidade da água e a disponibilização de espaços de recreação e turismo”.

Fonte:http://naturlink.sapo.pt