Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



12 de abril de 2011

A borracha natural

borracha natural ocorre em muitas espécies de vegetais tropicais, especialmente na família das Euphorbiaceae; no entanto, quase toda a produção mundial provém da espécie Hevea brasiliensis que tem a sua origem no Brasil.
Essa espécie ocorre na região amazónica, na margem de rios e lugares inundáveis da mata de terra firme, é uma planta lactescente de 20-30 m de altura, com tronco de 30-60 cm de diâmetro.
Popularmente é conhecida como seringueira, seringa, seringa-verdadeira, cau-chu, árvore da borracha, seringueira-preta (AC) e seringueira branca.
Existe na floresta amazónica mais de 11 espécies de seringueira do género Hevea e todas muito parecidas entre si. Embora seja grande o número de espécies que por uma incisão na casca exsudam secreção de aspecto semelhante ao látex, somente algumas produzem quantidade e qualidade suficientes para exploração em bases económicas.
Após 3 ou 4 horas da sangria, o látex é retirado das canecas e acondicionado, onde pode-se adicionar amónia, numa proporção de 0,05% como estabilizador, evitando a coagulação precoce. Antes de se iniciar uma sangria é importante estabelecer-se diversos critérios, que irão determinar a vida útil do seringal e a sua produtividade.
Depois da coleta do látex, as árvores continuam a exsudar látex em quantidades menores, por várias horas, esse látex acaba por coagular-se espontaneamente sobre o corte na casca. Na próxima sangria essa película será retirada e em seguida será feita uma nova incisão.
As películas retiradas das diversas árvores podem ser misturadas com as borrachas em processamento. A quantidade da borracha obtida nesse processo constitui entre 15 a 20% do total da produção.
O látex contém em suspensão um hidrocarboneto de elevado peso molecular. Por aquecimento e adição de ácido acético coagula formando uma massa gomosa que, depois de separada da água e outros produtos, denomina-se “borracha bruta”.
A borracha assim obtida é deformável como gesso e deverá ser processada para adquirir os requisitos necessários para ser utilizada em inúmeras aplicações.  
É introduzida em máquinas especiais que funcionam mais ou menos como moedoras de carne, chamadas mastigadoras: servem para misturá-la e empastá-la, libertando-a do líquido e das impurezas. Nesta passo, os indígenas costumam defumá-la, quando em estado bruto, obtendo, assim, um produto bastante elástico e impermeável, mas gordurento e, por isso, não era prático para trabalhar.
Na indústria moderna, ao invés, segue-se uma fase importante, a da mistura, isto é, à borracha são juntadas substâncias especiais, capazes de torná-la dura e elástica. Para isso, emprega-se enxofre, corantes e outras substâncias químicas, capazes de orientar a reacção.
A borracha está pronta para ser utilizada dos modos mais variados. É-lhe dada a forma definitiva, antes de submetê-la à vulcanização, cujo processo final a tornará realmente tal qual nós a conhecemos.
A qualidade das borrachas naturais é determinada, em primeira instância, através da inspecção visual, observando sua limpeza, cor, homogeneidade e defeitos. Depois, através de ensaios de laboratório específicos e normalizados são classificadas e comercializadas.
 Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-borracha/borracha.php
Para extrair o látex, são feitas incisões na casca ou retiram-se camadas bem finas (sangria). A sangria consiste na remoção de um pequeno volume de casca, num corte inclinado que permite o escoamento da seiva, líquido denso e viscoso, colhido em pequenas canecas afixadas na extremidade inferior do corte, que endurece lentamente, em contacto com o ar.