Elison Blancaflor é o principal investigador e professor adjunto da Fundação Noble que teve a oportunidade de fazer a sua pesquisa no lançamento de plantas em órbita da Terra. 2Foi inacreditável ver o lançamento do foguete espacial (Space Shuttle Discovery), sabendo que as minhas plantas experimentais estavam a ir para o espaço", disse. "Este foi um dia realmente incrível".
Como parte da pesquisa biológica da NASA, a equipa de investigação conduziu Blancaflor ao estudo da planta Arabidopsis (agrião) embalado dentro de 14 placas de Petri, onde serão expostos à microgravidade por quase duas semanas. Em órbita, as mudas serão tratadas com produtos químicos que vão preservar a estrutura e componentes genéticos das células vegetais. Isto irá permitir avaliar como a falta de gravidade afecta o crescimento e desenvolvimento das plantas.
O projecto de pesquisa vai permitir avançar o estudo do fenómeno de gravitropismo. Em geral, o gravitropismo permite corrigir a fixação de nutrientes e aquisição de água e a absorção de luz para a fotossíntese, o que tem um impacto significativo para a agricultura. "O melhor lugar para estudar o gravitropismo é a gravidade relacionada com fenómenos biológicos no espaço, onde esta é ausente", disse Blancaflor. "Isto fornece o melhor controlo experimental para comparar com as plantas cultivadas na Terra, onde a gravidade está sempre presente".
Além disso, o projecto de Blancaflor tem implicações para futuras explorações espaciais. A NASA está interessada em entender como as plantas se desenvolvem no espaço, porque estas são um componente imporatante dos sistemas de apoio regenerativo da vida, proporcionando fontes de oxigénio e de alimentos, se os seres humanos embarcarem em missões espaciais de longa duração.
No final de Janeiro de 2010, Blancaflor recebeu a notificação de que tinha ganho a concessão do Bric, juntamente com os pesquisadores da Universidade da Flórida e da Universidade de Miami em Oxford, Ohio. A equipa retornará ao Centro Epacial Kennedy, em meados de Abril para o pouso do foguete espacial para processar as amostras e depois retornar ao campus da Fundação Noble Ardmore, Oklahoma, para mais testes.
Fonte:http://www.noble.org/press_release/2010/10-018.html
