Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



12 de abril de 2011

Genomas do cacau e do morango descodificados

Duas equipas de investigadores descodificaram o genoma do morango e da planta do cacau, o que pode ajudar a melhorar geneticamente o seu cultivo, revelou a revista “Nature Genetics” .

O genoma dos morangos silvestres, uma planta existente em todo o hemisfério norte, semelhante aos morangos comuns, mas biologicamente mais simples, foi sequenciado por cientistas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. 

“Temos a lista dos componentes do morango”, disse Kevin Folta, coautor do estudo, acrescentando que “para fazer algum tipo de melhoramento molecular assistido em qualquer organismo do planeta", é necessário conhecer estes dados. Depois de descodificados os 35 mil genes deste fruto, os investigadores têm agora a expectativa de criar variedades mais saborosas, resistentes e suculentas.
Quanto à planta “theobroma cacao”, é usada para produzir chocolate e é originária da América Central e do Sul. Começou a ser cultivada há três mil anos, permitindo, actualmente, produzir  3,7 milhões de toneladas de cacau por ano. De acordo com os cientistas do Centro de Cooperação Internacional de Pesquisa Agronómica para o Desenvolvimento (CIRAD) que procederam à descodificação do genoma da planta, "um dos principais problemas do cacau é que 30 por cento da produção se perde por causa das doenças fungicidas".

Graças ao sequenciamento do genoma, cruzar esta planta com outras poderá criar variedades mais resistentes, explicou ainda  Xavier Argout, do CIRAD. O conhecimento de 98% dos genes deste cacau, alguns dos quais interferem na produção de substâncias (terpenoides, flavonoides) que conferem propriedades antioxidantes ou gustativas ao chocolate, também deve permitir melhorar a qualidade de algumas variedades.

As duas investigações abrem agora caminho à criação de plantas mais resistentes a pragas e contribuem para melhorar as colheitas dos dois produtos.
Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=46672&op=all