Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



18 de abril de 2011

Plantas carnívoras... os monstros terríveis do passado?


 

As plantas carnívoras originaram uma mitologia que as apresentava como monstros terríveis, capazes até de vitimar pessoas. São, no entanto, bem mais modestas! Só poderão aparecer como monstros aos olhos dos insectos ou de outros pequenos animais que conseguem capturar.
As plantas carnívoras, também denominadas insectívoras, representam um caso muito particular de adaptação de algumas espécies vegetais, pois capturam geralmente insectos para reforçar as suas necessidades alimentares. Encontram-se normalmente em habitats oligotróficos, muito pobres em nutrientes minerais, sobretudo azotados. Nestes habitats normalmente encharcados, quase sem solo, onde a decomposição da matéria orgânica é muito lenta, muitas plantas têm de completar o regime alimentar através da digestão de insectos ou outros pequenos animais, em vez de os obter a partir do solo. Esta capacidade de digerir organismos animais, não constitui mais do que uma fonte adicional da nutrição, e nunca um requisito essencial à vida, já que ao contrário das parasitas, são espécies que desenvolvem órgãos fotossintéticos com capacidade de assimilar a sua própria matéria orgânica, o que lhes permite, quando dispõem de condições adequadas, desenvolverem-se até à floração e maturação das sementes sem recurso à digestão adicional de insectos.
Esta capacidade de se alimentarem à maneira dos animais, conservando ao mesmo tempo o mecanismo autotrófico, exigiu ao longo da evolução o aparecimento de uma série de adaptações anatómicas e morfológicas que lhes permitem a captação, retenção e digestão das presas. Possuem métodos muito aperfeiçoados para capturar as suas presas, podendo-se distinguir vários tipos de armadilhas, algumas delas bastante sofisticadas: as pegajosas ou adesivas, as escorregadias, as urnas ou ascídeas, as articuladas e as que aspiram as vítimas.