Blogue no âmbito da área curricular não disciplinar Área de Projecto, construído pelas alunas Ana Rita Vieira, Liliana Ramalho, Tânia Figueiredo e Vanessa Martins do 12º C da Escola Secundária c/ 3º ciclo de Albergaria-a-Velha.



12 de abril de 2011

O algodão

Espontâneo em regiões tropicais, o Algodoeiro (Gossypium herbaceum L.) é uma das plantas mais cultivadas de todo o mundo. Na Índia é utilizado desde 1800 a.C.. As civilizações pré-colombianas já cultivavam o algodão muito antes da chegada dos conquistadores espanhóis e na Europa foi introduzido pelos muçulmanos. Existem 4 espécies diferentes do género Gossypium: Gossypium hirsutum, espécie do continente americano, G. barbadense, G. arboreum da Ásia e África Orientais e o G. herbaceum da região mediterrânica.
Em estado selvagem, os arbustos do algodoeiro conseguem atingir até 7 m de altura. As folhas são grandes, com três, cinco (ou mesmo sete) lobos. As sementes estão contidas numa cápsula, estando cada uma envolvida numa fibra felpuda designada pelo vocábulo inglês lint (plural: linters). Os linters são, geralmente brancos, mas existem também variedades com cor castanha ou verde que, para não contaminarem geneticamente a variedade branca, têm a sua plantação banida junto às grandes produções de algodão.
As fibras do algodão são utilizadas na produção de telas, papel e tecido. As telas de algodão são adequadas para formatos pequenos, até 1 a 2 metros em tecidos fortes, e têm também a vantagem da sua claridade especial. As principais espécies usadas no passado para a obtenção de papel eram o papiro, no Egipto, a casca de amoreira, na China, o linho e o algodão.
O Algodoeiro exige um clima quente, muita água durante o crescimento e seca pronunciada durante a maturação do fruto e durante a colheita. Esta inicia-se 130 dias após a sementeira, quando 60% dos capulhos estão abertos, e pode ser manual ou mecânica. No processo de colheita manual, própria para algodoais pequenos, há atenção em não misturar o algodão das zonas mais baixas da planta com o de topo, assim como a limpeza do processo, são fundamentais para a qualidade da fibra. A colheita é feita para dentro de sacos, que são prontamente enviados para fábricas, onde o algodão é limpo e batido para separar as fibras das sementes, cardado para remover as fibras demasiado pequenas e finalmente fiado.
Um só arbusto de algodão proporciona cerca de 1 kg de algodão bruto. Enquanto os filamentos brancos, com comprimento de cerca de 2,5 a 3 cm, são enviados para as indústrias têxteis, as sementes são usadas para a extracção de óleo. Este é um excelente óleo alimentar, que se comercializa não só como margarina, mas também como óleo de mesa.
A qualidade do algodão depende da sua espessura, pureza, brilho, cor e, sobretudo, do comprimento da fibra. Quanto mais comprida for a fibra, mais fino, resistente e regular será o fio obtido. O tecido que se obtém a partir do algodão é extremamente macio, fresco, flexível ao toque e transpirável. Trata-se de um tecido bastante resistente, que tolera muito bem as lavagens, podendo ser utilizado de forma contínua.


Fonte:http://www.m-almada.pt/portal e http://rumooeste.blogs.sapo.pt/2009/03/?page=2